Coisas que fazemos hoje que nossos avós achariam estranhas
Já parou para pensar em como os nossos hábitos mudaram nas últimas décadas? Vivemos em um mundo acelerado, digital e cheio de novidades que fazem parte do nosso dia a dia — mas que, para os nossos avós, poderiam parecer verdadeiras excentricidades. Neste artigo, vamos explorar as coisas que fazemos hoje que nossos avós achariam estranhas, e como essas mudanças revelam muito sobre a transformação da sociedade, da tecnologia e até da forma como nos relacionamos.
Falamos com máquinas — e gostamos disso
Nossos avós escreveram cartas. Nós mandamos áudios. Eles usavam telefone com fio. Nós pedimos para a assistente virtual tocar música, anotar compromissos e até contar piadas. Conversar com um celular, uma TV ou até uma geladeira inteligente seria completamente absurdo para a geração passada.
Mais do que isso: criamos laços com nossos dispositivos. Temos capinhas personalizadas, colocamos nomes em robôs aspiradores, e ficamos impacientes quando o Wi-Fi cai. Essa dependência e carinho por máquinas seriam vistas com muito estranhamento por quem viveu boa parte da vida desconectado. Além disso, a inteligência artificial está presente em vários momentos do nosso dia a dia. E se contássemos a eles que hoje podemos conversar com robôs inteligentes, pedir conselhos a uma inteligência artificial ou até gerar imagens e textos com a ajuda de algoritmos? Eles provavelmente pensariam que estamos falando de ficção científica.
E aqui vai uma dica para quem ainda está começando nesse universo. Confira o artigo IA para Iniciantes: Guia Completo para Começar, que explica tudo de forma clara e acessível.
Compartilhamos tudo — até o que comemos
Hoje em dia, tirar uma foto do prato antes de comer virou quase um ritual. Compartilhar viagens, treinos, aniversários (e até momentos tristes) nas redes sociais é parte da rotina. Mas para nossos avós, expor a vida pessoal assim seria no mínimo constrangedor.
Eles valorizavam a privacidade, os álbuns de fotografia físicos e os encontros presenciais. Ver como nos relacionamos com o mundo através das telas — e como buscamos validação por curtidas e comentários — talvez fosse uma das maiores surpresas para eles.
Temos informação de sobra, mas ainda esquecemos as coisas
Com todo o conhecimento do mundo ao alcance de um clique, seria de se imaginar que estamos mais sábios. No entanto, delegamos tanto ao Google e à nuvem que já não memorizamos números de telefone, receitas ou caminhos. Para quem foi criado decorando tudo na ponta da língua, isso seria incompreensível.
Ao mesmo tempo, essa mudança mostra como valorizamos hoje o acesso rápido e prático, mesmo que isso signifique depender de tecnologia o tempo todo.
Escolhemos o que comer com base em termos que nem existiam
Glúten, lactose, vegano, cetogênico, “sem conservantes artificiais”… os nossos avós provavelmente nunca ouviram falar de metade desses termos. Comer bem, para eles, era comer comida “feita em casa, com sustância”.
Hoje, a relação com a alimentação é cheia de novas regras e tendências. Muitas delas são positivas e baseadas em ciência, mas é curioso pensar em como o simples ato de se alimentar virou um verdadeiro estudo de caso moderno.
Trabalhamos de casa… de pijama!
Para quem cresceu com o valor do trabalho ligado a horários fixos e presença física, a ideia de trabalhar remotamente — e ainda com roupa de dormir — seria quase impensável. O home office, a cultura do trabalho flexível e os nômades digitais seriam personagens de ficção nos tempos dos nossos avós.
Essa transformação mostra como o conceito de produtividade evoluiu, priorizando resultados e bem-estar, e não apenas presença física.
Temos produtos para tudo
Eles usavam sabão de coco e pomada milagrosa para tudo. Hoje, temos um produto para cada parte do corpo, para cada tipo de cabelo, para cada fase da pele. Sérum, tônico, booster, esfoliante… o armário do banheiro moderno parece mais uma prateleira de laboratório.
Essa busca por cuidados e bem-estar, mesmo que às vezes exagerada, revela como passamos a valorizar mais a estética, a autoestima e o autocuidado — de um jeito que talvez soasse fútil no passado, mas faz parte do nosso tempo.
Assistimos a séries por horas — e achamos normal
Ficar sentado por 8 horas vendo episódios de uma série seria considerado preguiça ou exagero décadas atrás. Hoje, é o famoso “maratonar”. O acesso a streaming, a cultura do entretenimento sob demanda e a facilidade de assistir quando e como quisermos mudaram completamente a forma como consumimos conteúdo.
Os nossos avós esperavam ansiosos pela novela das oito ou por um filme no domingo. Hoje, somos os donos da programação.
Afinal, o que mudou tanto?
Tudo. E nada. As ferramentas mudaram, mas os sentimentos são os mesmos. Queremos estar conectados, nos sentir cuidados, realizar nossos sonhos e viver bem — só que com os recursos e possibilidades do nosso tempo.
Olhar para as coisas que fazemos hoje que nossos avós achariam estranhas é também um convite a refletir sobre o que acharemos estranho no futuro. Talvez nossos netos riam da nossa mania de digitar em telas, ou de termos mil senhas para tudo.
O mundo muda — e a gente muda com ele.